O desenvolvimento psicológico ocorre como transformações ao longo de toda a vida. Desde a infância, adolescência, fase adulta até na velhice.
É consenso universal a ideia de que na Primeira Infância se constrói o alicerce do raciocínio e psicológico humano, a base onde serão fixadas todas as estruturas para a vida.
Nós, adultos, passamos por transformações ao longo da vida de acordo com nossas experiências e escolhas. A cada novo passo, ocorre uma modificação no modo de ser e se colocar no mundo, ainda que às vezes pouco perceptível, e nos nossos filhos e netos, não seria diferente. Temos que conseguir avaliar e aceitar a etapa de desenvolvimento e amadurecimento que a criança está. E não exigir que uma criança tenha a consciência e postura responsável que o adulto deseja, mas que está muito longe do que é possível para sua idade.
O mesmo ocorre com os bebês e as crianças bem pequenas. Nestes casos, porém, devemos antes de pensar em transformações, nos ater ao tempo de formação, ao tempo de tornar-se um indivíduo humano. Com eles tudo é novo, quase tudo é “a primeira vez que está acontecendo”, e temos que dar o tempo certo para elas absorverem, entenderem os acontecimentos e suas consequências.
O que e como, se faz com as crianças está diretamente ligado à constituição de um corpo e uma mente que se desenvolvem, fazendo marcas em seu futuro.
Fazendo birras, e desobedecendo regras, elas desafiam os adultos, e aprendem sobre hierarquia, limites e segurança, quando certificam de que o adulto não desistiu de educa-la e orientá-la, e que continua ali para impor os limites necessários, explicar o certo e errado e para acolher o cansaço no final do embate.
Esse comportamento de constante pesquisa e experimentação dos limites e regras, é extremamente útil em todas as fases da vida, pois, quanto mais problemas solucionar, mais facilidade terá para enfrentar os desafios inerentes à vida de qualquer adulto.
Tenha sempre na lembrança como você se comportava, o que gostava quando tinha a idade de seu filho e qual a postura dos adultos que conviviam com você na infância. Se colocando no lugar do outro e se esforçando para entender a sua forma de pensar e a etapa da vida que o indivíduo está passando, a harmonia em casa será muito melhor, independentemente da idade dos moradores.